A transformação na forma como vivemos, trabalhamos e nos relacionamos é fortemente influenciada pela economia e desenvolvimento do país. Se hoje o perfil dos consumidores é mais cauteloso e consciente é porque sua renda, preço dos produtos e perspectivas futuras sofrem constantes mudanças e influências de fatores externos.
Se de um lado a tecnologia avança continuamente e contribui com o desenvolvimento do país, de outro lado a falta de incentivos e mudanças dos órgãos governamentais têm criado barreiras para o crescimento da economia e dos mecanismos de produção.
São situações como estas que direcionam a mudança do perfil comportamental da população. À exemplo disso, o atual cenário econômico do país e as taxas de juros tem corroborado pela procura de meios alternativos de investimentos.
Se antes a compra de bens imóveis era vista como uma das poucas alternativas para a valorização do dinheiro, hoje os fundos de investimentos, as ações em bolsa de valores, tesouro direto, e previdência privada são algumas das alternativas procuradas.
Além disso, enquanto novos produtos são desenvolvidos, outros estão sendo substituídos. A facilidade de acesso à informação somado a tecnologia tem transformado a população e o cenário macroeconômico do país.
Conforme pesquisa publicada pelo Fiesp/Ciesp sobre as Macrotendências Mundiais, ao realizar uma análise de como estará o mundo em 2030, foram destacadas como principais tendências a mudança no padrão de produção, infraestrutura moderna e competitiva, aumento da demanda por energia, além da intensificação da demanda por alimentos, expansão do entretenimento e turismo.
Essa constante evolução implica não somente numa mudança comportamental e econômica, mas também exige que as próprias normas sejam revisadas e adequadas para contribuir com o desenvolvimento do país.
Para se ter uma ideia, em pesquisa realizada pelo IBPT, verificou-se que o Brasil, em 30 anos de legislação, editou aproximadamente 5,9 milhões de normas até o ano de 2019, das quais 390.726 são apenas tributárias, o que demonstra a complexidade da nossa legislação e a necessidade de uma mudança.
Diante disto, fazendo uma análise do panorama econômico atual, apesar da retomada lenta do crescimento do PIB, a Reforma da Previdência, a Reforma Tributária, a liberação do FGTS PIS/PASEP, e a privatização de estatais são algumas das medidas governamentais para contribuir com a recuperação da economia.
Com a consolidação desse cenário favorável e a aprovação do pacote de ações, espera-se uma retomada sustentável do crescimento e um equilíbrio na macroeconomia do país.
Artigo elaborado pelo advogado Célio Dalcanale, inscrito na OAB/SC sob nº 9.970, graduado em Direito pela Universidade Regional de Blumenau – FURB e em Contabilidade pela Faculdade de Ciências Administrativas de Joinville. Pós-Graduado em Direito Processual Civil, Direito Empresarial e com MBA em Direito Tributário. Sócio da Mattos, Mayer, Dalcanale & Advogados Associados. Atua nas áreas de Direito Empresarial, Direito Societário e Direito Tributário. Expert em planejamento sucessório, tributário e patrimonial de bens de sócios e diretores de empresas.
Fonte: OCP.news