Descubra quais são os “segredos” da indústria chinesa para se tornar mais competitiva e gerar mais lucros para os seus acionistas
Um dos principais objetivos dos administradores de grandes indústrias é sempre o de otimizar o desempenho de uma linha de produção. É por essa razão que o modelo de fabricação chinês e suas vantagens competitivas constantemente se tornam objeto de estudo no mundo acadêmico e empresarial.
Alcançar a efetividade máxima, a melhor utilização de recursos e colocar em sintonia a mão de obra disponível e os equipamentos necessários são fatores dessa equação complexa, cuja resposta não é única. É por essa razão que conhecer alguns detalhes relacionados ao modelo de fabricação chinês pode significar encontrar pontos significativos de mudanças para a sua indústria.
O segredo da curva de aprendizado
Curva de aprendizado. Essa parece ser um dos aspectos-chave para compreender como as fábricas chinesas conseguem produzir cada vez mais em menos tempo. Basicamente, as indústrias asiáticas estão entre as que tem maiores condições de produzir componentes em grandes quantidades por longos períodos.
Em razão disso, o fator tempo passa a ser um dos mais importantes na hora de se negociar um contrato com essas empresas. Possivelmente será mais barato produzir com a mesma companhia durante dois anos do que durante apenas um ano. Além do fator óbvio com relação a ocupação da mão de obra e do parque fabril, existe mais um fator para fechar essa equação.
À medida que as companhias chinesas produzem um determinado produto, elas aprendem com o processo de produção. Isso significa que se incialmente um smartphone que leva em média 1 hora para ficar pronto, com o passar do tempo o aprendizado e o domínio da linha de produção pode reduzir esse tempo para 40 minutos, por exemplo.
Em outras palavras, aumenta-se a capacidade produtiva de forma considerável, sem que haja a necessidade de aumentar o número de pessoas ou tempo dispendido para a fabricação. É como se as empresas que solicitam a fabricação de um item “financiassem”, de certa forma, o aprendizado de uma fábrica chinesa.
Ela se tornará mais efetiva com o passar do tempo, encontrará meios mais eficientes de entregar produtos com a mesma qualidade, e pode até mesmo descobrir formas de reduzir o gasto de matéria-prima necessária para a produção de uma peça. Em resumo, se o custo de produção de um item é de US$ 100 no início da fabricação, um ano depois ele custará US$ 90 – e ficará pronto em menos tempo.
O barateamento da produção aumenta a demanda
O que se segue após isso é um efeito em cascata. A redução dos custos de produção torna os produtos mais baratos (ou as margens de lucro maiores, em alguns segmentos). Quando os produtos se tornam mais baratos, a demanda por eles tende a aumentar. Com o aumento da demanda, cresce a produtividade das fábricas. Mais produtividade significa mais oportunidades de aprendizado para reduzir os custos de produção e, assim, o ciclo se retroalimenta.
O mercado de smartphones é um bom exemplo disso. Hoje, a maioria dos fabricantes tem aparelhos tão parecidos entre si e não é por acaso. Essa ausência de diferenciação acaba sendo um fator significativo para redução de custos para todos os envolvidos. É por isso que celulares mais simples, em muitos casos, custam menos do que US$ 100 para o consumidor final.
Claro, esse não é um “segredo” guardado a sete chaves. É uma evolução natural da indústria, mas nos leva a refletir sobre o que pode ser feito na sua fábrica para que esses princípios sejam aplicados. Você está observando atentamente a sua produção visando reduzir custos e tempo ou está confortável com os processos que já domina?
Sair dessa zona de conforto e buscar meios mais eficazes de fazer mais com menos, mas sem perder a qualidade ou a mão de obra capacitada que você possui, são as maneiras mais eficientes de buscar o desenvolvimento contínuo do seu negócio.
Fonte: Blog.sage
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